Blog da Perestroika

segunda-feira, 30 de junho de 2008

15 anos atrasado

Olha, queria que tivessem inventado esse esporte há 15 anos.
Deve ser MUITO afudê.
Nem vou comentar mais.



Retirado do blog da Camiseteria.

Confira o bolão do IronMan Perestroika 2008.

domingo, 29 de junho de 2008

Paródia.

Nunca tinha pensando muito sobre o assunto. Mas essa semana, depois de receber uma peça publicitária por email, me dei conta que a paródia é uma fórmula quase sem erro na propaganda.



Claro que existem paródias que não funcionam. E normalmente não funcionam quando os criadores não levam a paródia ao extremo.



A paródia exige que a gente pise fundo. Tem que ir até o fim, e não enfiar só a cabecinha. Tem que realmente avacalhar muito além do que o bom senso permite.



A paródia parece ser mais ou menos como o cachorrinho ou o nenê. Ou, para lembrar de uma outra fórmula que a propaganda já desgastou, a dublagem.

Botou cachorrinho ou nenê, a peça sempre fica cuti-cuti. Fez dublagem, provavelmente ficará engraçado (o Hermes e Renato recém se reiventou a partir do Tela Class, por exemplo). Paródia é a mesma coisa.



Não estou aqui dizendo que a paródia, os nenês, os cachorrinhos ou as dublagens, a partir de agora, devam ser banidos da propaganda.

Claro que não. Paródia é do caralho. Fazer bem paródia é mérito.



Mas quem me conhece, sabe que eu sempre procuro encontrar padrões nas coisas. Porque o único jeito de ser verdadeiramente criativo, de ser verdadeiramente inovador, é conhecer todos os padrões existentes. Para, então, subvertê-los.

Por sinal, esse meu jeito maniático por padrões é um prato cheio para uma paródia.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

IronMan 2008

Tem muita gente perguntando "Afinal de contas, o que é esse tal de IronMan Perestroika?"

Para deixar todo mundo a par do que é, do que será, e, principalmente, acompanhar o projeto ao vivo, criamos um perfil no twittwer.

Sigam-me os bons:
www.twitter.com/perestroika

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Axe Temptation.

Como falamos há alguns posts, o advergame da Axe, The Dark Temptation, entrou no short-list de Cannes.



Ficamos felizes pra cacete, já que é um projeto que envolve a Aquiris, empresa de games do nosso amigo Israel. O Israel foi redator por anos e trabalhou em várias agências, como a Dez, a DCS e a Globalcomm.

Como todo cara de visão, o Israel deu um peitaço, largou tudo e trocou o hobby dos videogames pela profissão de criador de games.

Acho legal citar esse exemplo, já que tantas vezes a gente diz que "o RS não tem mercado para isso, não tem mercado para aquilo". O que é sempre meia verdade.

O RS não tinha mercado para games. Mas a galera da Aquiris botou as caras e criou esse mercado. Em vez de ver como problema, viu como oportunidade.

***

Bom, o fato é que eu sempre esqueço de jogar em casa, e não consigo jogar aqui na agência por causa do plugin. Mas imagino que seja bem legal (acho que os jurados de Cannes merecem um crédito, né?).

Então, quem quiser curtir a pegação do chocolate, clique aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Perestroika: agora fornecedora de tecnologia de educação para a ARP

O nome do post assusta, eu sei.

Mas calma.

É que esse tipo de comunicado exige uma certa pompa.

Na verdade, o anúncio foi feito pré-oficialmente na nossa última aula do Criação 2. Quando, a convite do Rafa, o Chittolina foi na Perestroika falar sobre Linguagem Fotográfica.

Os alunos tiveram oportunidade de aprender pra caralho e conhecer um pouco melhor a personalidade do Celso. Que, além de um puta fotógrafo, é também um exemplo para o nosso mercado.

Ele vai lá e faz.

Ele foi lá e fez, por exemplo, o Anuário do RS. Pegou embaixo do braço e deu um jeito de botar na rua a primeira edição. Como ninguém se apresentou nos anos seguintes, ele foi em frente. Pariu Anuário atrás de Anuário. E, agora em 2008, chegou ao sétimo filho.

Só que o Chittolina é um Jack Bauer de carne e osso. E, não satisfeito, há algumas semanas, ele se candidatou - e venceu - a eleição para Presidente da ARP, a Associação Rio grandense de Propaganda.

Pois bem: uma das plataformas do Chittolina é desenvolver, via ARP, projetos de educação. Pensando no crescimento e no fortalecimento do nosso mercado como um todo.

Para isso, a ARP procurou a instituição que, segundo eles, era a melhor opção em termos de inovação e criatividade do RS.

Sim, a Perestroika.

Então, a partir de Agosto, nós vamos desenvolver um projeto completo de educação. A partir de Agosto, a Perestroika passa a ser também uma fornecedora de tecnologia de educação para a ARP.

Nessa empreitada, contaremos com a ajuda do próprio Chittolina e também do Marco Valério (que é publicitário, mas não tem nada a ver com aquele cara do escândalo - por sinal, o Valério é uma grande figura.)

Mais uma vez, a gente gostaria de lembrar que o projeto NÃO É A PERESTROIKA. É um projeto PARA A ARP, desenvolvido pelas mesmas pessoas que criaram a Perestroika. Ponto.

A gente tem sempre bastante cuidado com isso. Sabemos que um dos maiores valores do nosso curso é a exclusividade. É o conteúdo que vocês têm acesso. E ninguém mais.

A gente não vai entregar os nossos segredinhos. As nossas Quebradas de Matrix, as nossas Cores do Lado, os nossos Jumentus e os nossos Títulos de Repetição Reflexiva.

Não se preocupem. A gente nunca vai deixar de ser uma Aldeia Gaulesa. Nunca.

Por outro lado, a gente acredita que é possível fazer - e fazer muito bem - esses programas. Dentro de outros formatos, com outros apelos. Coisas completamente distintas, que só terão uma coisa em comum: o nosso jeito de pensar.

***

O mais legal nisso tudo é saber que, com apenas 16 meses de vida, a Perestroika já se tornou uma referência em modelo de educação.

Isso realmente nos deixa envaidecidos.

E, sem dúvida, essa é uma conquista de todos nós. Porque a gente acredita que a Perestroika não é um grupinho de quatro pessoas. A Perestroika é uma galera, que pensa de um jeito parecido e que quer fazer coisas do caralho.

Então, a gente agradece ao pessoal da ARP, pela confiança. E agradece a vocês, alunos, por continuarem acreditando nesse nosso jeito Asterix de ser.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Million

Lembram da sugestão que rolou no Youtube, do Humanitarian Lion? Pelo visto a idéia não saiu do papel. Mas se tivesse saído, teríamos um forte candidato: o case Million, do sistema educacional da cidade de Nova York.

Para ver o case do Million, clique aqui.

Dica do ilustríssimo leitor do nosso blog, Marco Loco.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Não desperdice o tempo das pessoas com propaganda.

Por Fabiano Goldoni*

Todo mundo sabe que a propaganda está se transformando em algo bem diferente do que aquilo que os professores da faculdade nos ensinam. Estão surgindo novas formas de anunciar marcas e junto com isso uma nova nomenclatura para definir o que é a propaganda hoje em dia. Começamos a falar naturalmente sobre todos esses termos, como guerrilha, viral, ambush marketing, PR stunt, seeding, e até aproveitamos para rebatizar o bom e velho merchandising com o pomposo nome de product placement. E um dos assuntos mais falados hoje em dia é que a propaganda está se parecendo cada vez mais com conteúdo de entretenimento ou, em bom português, está se convertendo em advertainment.

Antes de entrar no assunto, paro para fazer duas aclarações: primeiro, os professores da faculdade não estão ensinando coisas inúteis. É preciso entender a propaganda desde as origens para poder transformá-la de forma lógica e consciente. Segundo, o fato da propaganda estar tomando a forma de conteúdo como entretenimento não significa que ela não tenha conteúdo em si. É preciso entender a diferença entre esses dois conteúdos. O conteúdo da propaganda tem a função básica de informar sobre o produto, já o conteúdo como forma de entretenimento, mesmo quando associado a uma marca, não se preocupa (teoricamente) em informar o público sobre um produto ou uma marca.

Vou tentar explicar isso com exemplos mais práticos: você criou um comercial de TV superdivertido, que grudou na cabeça de todo mundo e virou uma referência de como a propaganda pode fazer parte da vida das pessoas e se transformar num fenômeno social e cultural. Isso é entretenimento? Não. Isso é boa propaganda. Entretenimento é tudo o que as pessoas fazem por livre e espontânea vontade para ocupar seu tempo livre. Ou seja, assistir uma série de TV, ler um livro, ver um filme, jogar vídeo game, acessar um site, praticar um hobby, etc. Os únicos que preenchem seu tempo livre com propaganda somos nós, publicitários. As pessoas normais preferem coisas normais. Ocasionalmente, elas dão de cara com o nosso trabalho enquanto estão preenchendo seu tempo livre.

Por incrível que pareça, ou melhor, graças à criatividade dos profissionais de criação, a propaganda ainda dá resultado mesmo assim. O problema é que esse resultado vem diminuindo cada vez que surge uma nova revista ou um novo canal de TV. A culpa é do excesso de conteúdo disponível para preencher o tempo livre das pessoas. Tudo porque o tempo dedicado ao entretenimento não aumentou na mesma proporção em que se multiplicaram as mídias. E o pior é que a maioria dos anunciantes não tem como aumentar a sua verba publicitária o suficiente para cobrir todas essas novas mídias e opções de entretenimento. E, como as pessoas não consideram a propaganda como uma opção, ela é a primeira a ser ignorada. No fim das contas, isso acaba sendo uma batalha mais do que perdida para nós, publicitários.

A solução para isso é o velho ditado “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Precisamos transformar a propaganda em algo que não represente uma interrupção da diversão para as pessoas, mas sim uma continuação ou uma nova opção para preencher o tempo ocioso. Para isso, precisamos mudar um pouco a nossa mentalidade na hora do brainstorm.

A primeira coisa é mudar de referência. Deixe os One Show e as Archives na prateleira. Procure livros e sites de arte. Principalmente, os que tratam de intervenções urbanas, arte interativa, vídeo arte e novas tecnologias na arte. Essas referências são o que existe de mais vanguardista em criação para preencher o tempo livre das pessoas. Depois, observe com um olhar mais técnico a programação da TV. Tente dissecar a estrutura narrativa de um episódio de uma série, de um documentário ou de um longa-metragem. A TV é a forma de entretenimento em que as pessoas mais investem seu precioso tempo entre o trabalho e o sono. Por último, preste atenção nas coisas bobas que as pessoas fazem para se divertir. Afinal, toda forma narrativa, como a literatura, o teatro e as novelas da Globo são representações fictícias da vida cotidiana.

Quando a gente se referencia na arte, é mais fácil imaginar que margaridas amarelas que formam um corpo num grande parque pode ser uma boa idéia para anunciar uma série, cuja única referência com margaridas está no título: Pushing Daisies.




Quando observamos com um olhar técnico a programação da TV, fica mais simples elaborar falsos documentários, como o Where Are The Joneses? criado para a Ford.



Com certeza, uma Archive ou One Show não servirá muito de inspiração para criar a história de uma mulher que descobre que seu pai era doador de esperma e resolve ir atrás dos seus 27 irmãos a bordo de um Ford. Talvez só quando essa ação for premiada numa dessas publicações. Mas aí já vai ser tarde demais pra você.

E o viral da Red Bull, onde o maior atleta de X-Games de todos os tempos salta de um avião sem pára-quedas? E o viral da Levis em que as pessoas saltam dentro das calças? Estou enganado ou isso parece um quadro de programas sensacionalistas tipo aquele quadro “Isto é Incrível” do SBT no domingo à tarde?



Por último, quando a gente observa as coisas idiotas que as pessoas fazem para se divertir, é óbvio que vamos saber como aproveitar as oportunidades que surgem a todo o momento. Se a Coca Cola não tivesse abraçado a campanha Menthos + Diet Coke como uma promoção, talvez hoje estaríamos falando sobre vídeo do Menthos + Diet Pepsi.

Como já deu para notar, os exemplos de advertainment se encontram muito mais em novas mídias do que nos meios tradicionais. Para produzir adverteinment na TV é preciso ter uma verba muito grande ou se associar com uma emissora. Um caso que eu pude acompanhar de perto foi o da série City Hunters produzido pela Unilever em conjunto com a FOX. Não existe nenhuma referência ao produto ou merchandising dentro da série. É apenas uma série animação com um tema voltado ao público masculino. O Joga TV da Nike e o The Contender da Everlast também são bons exemplos de como uma marca pode investir em conteúdo na TV.

Tá, mas o meu cliente não tem muita grana e quer anunciar na TV. E aí como eu faço para criar advertainment na TV com uma verbinha mixuruca? Espero as sugestões de vocês nos comentários e conversamos sobre isso no próximo texto.

***

*Fabiano Goldoni é criador dos canais Fox e FX, em Buenos Aires e um cara do caralho. Se tudo der certo, em breve vai ser mais um Czar da Perestroika. O texto acima não foi tirado de lugar nenhum. É uma contribuição exclusiva do Fabiano para o Blog da Perestroika. A segunda de várias. Veja a primeira.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Esse emprego eu queria ter.



Where the hell is Matt, versão 2008.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Rodrigo Pinto e o terceiro Leão.

A primeira turma do Criação 1 lembra do Rodrigo Pinto. Ele veio de São Paulo só para participar de um bate-papo ao vivo na Perestroika. Foi uma puta aula para todos nós. E quando eu digo nós, me incluo nessa.

Mas os outros alunos, das turmas 2 e 3, já devem ter ouvido falar do Rodrigo também. Eu vivo citando o quanto ele influenciou a mim e a todos os redatores da minha geração.

Para quem não sabe, o Rodrigo trabalhou anos na Paim, foi para a Lew,Lara, voltou para a Paim, voltou para a Lew,Lara, e agora está na Loducca.

Bom, tudo isso para dizer que o Rodrigo acaba de ganhar o seu terceiro Leão em Cannes. A ação está aí embaixo, para quem quiser conferir.

Você já fez o tema de casa?

Recém saíram os vencedores de Cannes. Quem ainda não espiou, é só futricar na internet. O que não falta é blog com imagens dos anúncios, filmes e cases vitoriosos.

Um desses sites é o Brasinstorm, que acompanhou o desempenho do Brasil de perto. Para entrar no Brainstorm e ver os GPs, clique aqui.

A grande notícia para o mercado do RS foi o duplo shortlist gaúcho, coisa que não acontecia há muito tempo.

Parabéns à Escala, que emplacou uma ação de mídia exterior, para o combate à aids. O nosso amigo Diego Wortmann está realmente em grande fase: depois do Young, um shortlist em Cannes.

E parabéns à galera da Cubo / Aquiris, que criou o jogo da Axe e também raspou. Grande Israel: fazendo bonito para os gringos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

No final das contas, quem se deu bem foi a DM9.





Short-list em Cannes. E, verdade seja dita, com méritos. O acabamento dos caras tá foda. Não sei se é ilustração ou se eles construíram uns bonequinhos de verdade. O fato é que ficou muito real.

Sem falar que, a decisão de ser um garçom e uma empregada doméstica, deu para a um humor que as outras duas (que foram apresentadas aqui no Blog há uns dias) não tinham.

Para entender a polêmica toda, clique aqui.

Suruba de livros.

Há algumas semanas, eu criei um post interativo. A idéia era que as pessoas indicassem sites, blogs, fotologs, etc. que servissem de referência. Funcionou pra caralho.

Então, o Nato, aluno do Criação 2, sugeriu que fizéssemos a mesma coisa com livros.

Achei a pilha bem válida, até porque foram poucos os livros de propaganda que eu li e gostei.

Só fico na dúvida se vale a pena abrir para qualquer tipo de livro, ou se ficamos só nos de comunicação.

Bom, como a internet 2.0 é caótica e imprevisível, vocês é que decidem.

Eu começo. Ali nos comments já coloquei alguns que eu lembro de cabeça.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

fritzen romarcio choque em cannes

Tá aqui um email e um vídeo que revela muito bem quem é o Fritzen.

O subject deste post é o subject do email que recebi ontem dele. Abaixo o email, com o link do vídeo da tal notícia que ele comenta. Ele é o carinha que aparece depois, com o Rayban clássico.


"irmaum, em segunda maum, para a perestroika. em primeiro maum, foi para o propaganda e marketing...

tive a ideia e sugerir aos youngs pra gente fazer diferente, naum sei se vai rolar...

enfim..da uma olhada:

http://www.propmarktv.com.br/propmark/index.php?id=216&pagina=1&l=cannes


um beijo no coracaum, vou mandando noticias e merdas aqui de cannes.

ah! espero encontrar teu pai..

beijo de novo."

domingo, 15 de junho de 2008

Eu sou fã do Jack Black.

Sem querer, encontrei essa entrevista no Youtube. E como tudo - ou quase tudo - que o Jack Black faz é a fudê, resolvi postar no Blog. Meio sem preocupação de ser inteligente, meio sem objetivo mesmo. É só pela curtição.

É sobre o Kung Fu Panda, filme de animação em que ele dubla o personagem principal.

Let's enjoy.



Na real, eu tô apostando que o Kung Fu Panda vai ser o "novo Shrek". Tô com um cutuco que vai bombar. Aqui está a última versão do trailer, para quem ainda não viu.



E um videozinho promocional, para quem tá com a pauta frouxa e quer ver o Jack Black fazendo umas caretas.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dança Grátis

Olhem que legal o que os meus amigos do Noteu* fizeram para o Dia dos Namorados.
Foram lá e fizeram.

Você provavelmente já viu este vídeo.

Mais de 26 MILHÕES de pessoas já clicaram NESTE link. Existem vários outros com outros 10 milhões de views. Então este vídeo não é novidade pra ninguém. Acho que eu mesmo já postei no blog. Mas vale ver de novo. Ao menos eu vi e me emocionei mais uma vez. O valor do talento é foda. É raro e mexe com qualquer um. Recebi o link numa troca de emails ontem com Marcio Fritzen e por isso estou postando. Pra que não conhece: o Fritzen é redator da DM9, Young deste ano por SP -só 8 vagas-, ganhou dois Leões no ano passado e é uma das pessoas mais gente boas que a vida me apresentou. Um irmão de verdade. Pois ele vai escrever com exclusividade para o blog assim que voltar de Cannes contando tudo que viu por lá.

terça-feira, 10 de junho de 2008

QUEBRANDO O GELIX

Vocês já pararam pra pensar como a gente é treinado para ser neutro e indiferente?

Acho que a gente acaba levando o conselho "Não fale com estranhos" a sério demais. Ou pelo menos, longe demais. Quando a gente tem 20 anos (ou 30) já deu tempo pra entender quem são os estranhos inofensivos e os estranhos realmente estranhos.

Por que tem tanta gente que é tão articulada na hora de brigar no trânsito por causa de uma freada mais brusca, ou uma demora um pouquinho mais longa na hora de arrancar o carro na sinaleira, mas que não consegue manter uma conversa trivial, olhando nos olhos do interlocutor, nos 20 segundos que separam o percurso do elevador entre o térreo e o sétimo andar?

E na real, a gente passa por um monte de situações de convivência com estranhos ao longo do dia, todos os dias. No elevador, na fila do banco, na sala de espera do cabelereiro, no supermercado, na espera da esteira de bagagens do aeroporto, sentado no cinema, esperando o filme começar. Exemplo é o que não falta e vocês já entenderam o que eu quero dizer.

O que eu acho estranho mesmo é que a gente opta ficar meia-hora passando as páginas de uma Veja de dois anos atrás enquanto aguarda a chamada do dermatologista ao invés de puxar um assunto com a outra pessoa que está esperando. Será que a gente prefere isso? Ou só opta por isso?

Um tempo atrás, eu decidi testar minhas capacidades de relacionamento interpessoal. Foram 3 experiências bem pontuais, e quase científicas, no sentido em que eu estava realmente querendo testar o que aconteceria se eu fosse um pouco mais despachado. Juro que a partir dessas experiências, passei a mudar alguns comportamentos no dia-a-dia.

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NO AVIÃO

Estava indo para SP e peguei a poltrona do meio. Muito apertado. Sentei ao lado de duas mulheres. Elas não eram bonitas nem nada. Não era o meu foco. Mas decidi que até o final da viagem a gente ia ter quebrado o gelo.

Comecei pedindo papel e caneta (o que eu realmente precisava, para anotar algumas idéias). Uma me emprestou a caneta, a outra, o papel. O papel era um bloco desses de hotel. Pronto: perguntei se ela tinha ficado naquele hotel e a partir daí comecei a puxar o assunto, se estava voltando do feriadão, onde trabalhava, em que área, etc.

Depois, vi que a outra mulher estava lendo um dicionário de inglês. Aí, eu fique lendo descaradamente o dicionário com ela, sem fingir que não estava olhando. Quando ela deu aquela olhada pro lado, eu disse: "Desculpa atrapalhar a tua leitura. Tu está viajando para o exterior?".

Buena, fiquei sabendo da vida das duas pessoas. Uma ia pra San Diego e era dona de uma creche. Era pedagoga. A outra trabalhava na área contábil da Ambev e passava a semana toda em São José dos Campos e os finais de semana em POA. Fomos daqui a SP conversando um monte. E o legal é que a quebrada de gelo fez com que as duas mulheres começassem a conversar entre si e gerou um clima superdescontraído na nossa filinha ali.

E o melhor de tudo: eu consegui colocar os dois braços nos apoios (decansa-braços) sem nenhum constrangimento.


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NO SUPER

Eu estava passando na parte de limpeza e vi um casal às voltas com qual amaciante levar. Eles acabaram colocando dentro do carrinho um amaciante que eu já tinha comprado outra vez, mas que era uma porcaria, não rendia quase nada.

Eu poderia ter passado e não ter dito nada. Já tinha passado por diversas situações parecidas e nunca me meti. Cada um com seus problemas. E quase não disse nada mesmo. Mas de última hora, meio de impulso, me intrometi:

"Bá, olha só, desculpa me meter, mas eu ouvi vocês conversando. Esse amaciante blá blá blá. Indico esse aqui. Ele é mais caro, mas vai durar mais tempo e olha o cheiro (nesse momento, abri e botei no nariz da mulher)".

O casal ficou super surpreso. Mas de um jeito bom. E começou a conversar comigo e acabou realmente trocando o amaciante.

No final, eu estava procurando um caixa para entrar, estava com poucas compras. E o casal me chamou para entrar na frente deles (não furei, não tinha ninguém atrás deles).

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NA REUNIÃO DE CONDOMÍNIO

Ontem teve reunião de condomínio. E eu tava com uma larica imensa. Vasculhei em casa e encontrei um ovo de Páscoa guardado. Cheguei na reunião e disse "Trouxe um docinho pra gente."

O que posso dizer é que nunca houve uma reunião de condomínio tão simpática. Todo mundo ficou comentando a história do ovo o tempo todo. E vinham pegar e diziam "Boa idéia essa do chocolate".

Moral da história: a partir de agora, o condomínio vai comprar uns sucos e bolachinhas ou armelins, totosinhos e afins para deixar as reuniões menos enfadonhas.

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Os 3 casos acima são reais. Os 3 casos foram momentos onde eu decidi deliberadamente quebrar o gelo em situações sociais geralmente adversas ou neutras. Nos 3 casos, houve um benefício, uma recompensa prática - embora não fosse o objetivo - como reação à minha simpatia.

Podem dizer o que quiserem. Mas eu, hoje, tenho certeza que isso se trata do poder da comunicação. Acredito que estranhos são apenas desconhecidos. E que geralmente, as pessoas estão a fim de interação. Ser um pouco mais solto, mais pró-ativo, mais sociável, mesmo com pessoas que a gente ainda não conhece é uma experiência bem interessante. E nos faz destravar. Perder a vergonha.

Esse é o tipo de aprendizado que vai ser bem útil quando você for fazer uma entrevista de emprego, apresentar uma idéia para o diretor de criação, negociar um feriado com o chefe, conversar com o cliente.

Por isso, desafio que cada um de vocês faça a experiência na prática. E depois comente aqui, para dizer o que achou.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

REUNIÃO DE CONDOMÍNIO

Tenho uma daqui a pouco. Começa às 20:30.

E esse vai ser o tema do post que vou escrever de noite.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

É de sangrar a orelha




Quem entendeu, entendeu.

Emiliano, Marco e Petr Cech.

Eu adoro futebol.
Eu adoro apostar.

Bem, como vocês podem imaginar, eu adoro apostar em futebol.

Então, época de Copa do Mundo, ou de Champions League, ou de Copa América, eu sempre me meto num bolão. Tirando alguns tapetões e certos regulamentos esdrúxulos, costumo ir bem. Tenho certeza que já ganhei mais do que perdi nessas brincadeiras.

Aqui na agência, tá rolando o Bolão da Eurocopa. E pra não fazer feio, fui estudar. Comprei a Placar, visitei o Lance! e fui bater o ponto no Globoesporte.com, site que eu visito todos os dias.

Entre um link e outro, encontrei essa ação da Adidas.



Na hora, sei lá por que, pensei "isso é coisa do Emiliano e do Marco". Pensei até em mandar um email, mas desisti. Eu não tinha nenhum indício e poderia passar por babaca.

***

Às 9h, o primeiro email que eu vejo na minha caixa de entrada é justamente sobre isso.

"Querido Tiago,

Como tu estás?

Aqui vai mais um press release meu e do Marco. Quando puderes, faça-nos
o favor de abrir a Zero Hora no caderno de Esportes e dê uma olhada numa
notícia sobre a Eurocopa. Procure uma foto de uma estátua do Petr Cech
(o goleiro da República Tcheca) construída em cima de uma roda gigante
de 60 m no centro de Viena.

Então, meu amigo, essa coisa gigante é o que a gente faz aqui em
Berlin. É criação nossa. Inauguramos a peça ontem a noite e a imagem está
correndo o mundo. E se chegou até o rincão, quer dizer que foi longe :)

Um grande abraço."

Logo em seguida, um outro email, do Panichi.

"Na ZH de hoje, na página 68 de esportes, tem uma foto da roda gigante da ADIDAS que o Marco Loco e o Emiliano criaram lá pra Eurocopa. MUITO afudê.

Dica da Kika (a irmã do Marco)."

***

Tenho certeza que, assim como esses dois chegaram para mim, outros milhares de emails estão rodando o mundo, falando do assunto. O clássico caso de uma peça tão do caralho que se viraliza naturalmente.

É esse o tipo de coisa que dá orgulho de ver. Dá orgulho de saber que foram os nossos amigos que botaram na rua. Parabéns, Emiliano e Marco. Puta idéia e puta realização.

***

E para quem lembra da minha aula de mídia exterior: o exemplo fala por si.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A glamourização do atendimento.

Demorou um pouquinho mas saiu. E saiu Padrão Iogurte.
Aqui abaixo, você confere o primeiro post powered by o curso de Gestão de Contas da Perestroika. Agora, a discussão fica mais ampla. O sarrafo vai mais para cima, e o furo mais para baixo.

Acreditamos que o produto criativo de excelência e a reciclagem da atividade publicitária passam por uma rediscussão mais ampla, que englobe muitas outras áreas e atividades do mercado de propaganda e de comunicação. É esse o passo que estamos dando hoje.

A partir de agora, passamos a contar com a participação constante do grupo de Gestão de Contas em nosso blog. Leia, opine, discorde, comente. Queremos a sua participação constante também.

******

“O atendimento é a ponte entre agência e cliente.”
(Resposta mais comum ao nosso questionamento sobre o papel do profissional para as aulas da Perestroika.)

Me preocupo quando percebo o quanto um dos mais antigos e importantes setores da agência tem hoje seu papel limitado ao de um ‘interlocutor’. Quando percebo que a maior expectativa em relação a sua contribuição está em não atrapalhar a comunicação entre duas pontas.

E o pior é que o receio tem origem e tem razão. Interpretações equivocadas sobre o pedido do cliente ainda são um dos maiores motivos de retrabalho. Problema que vem sendo resolvido ao se levar a criação nas reuniões de briefing. O que se tornou mais habitual do que permite a pauta dos criativos. E altamente prejudicial para as já pessimistas especulações sobre o futuro do atendimento.

Como chegamos a um esvaziamento tão grande do seu papel?
Teriam as agências substituído executivos renomados por gostosas acéfalas e esse movimento teria gerado o preconceito com o departamento?
Ou a descrença em relação à contribuição estratégica desse departamento teria afastado dali as formas pensantes de vida?

Sabemos que nenhuma das afirmativas é verdadeira. Esse departamento se torna mais estratégico do que nunca em um momento em que o cliente espera mais resultado e menos ‘festa criativa’. Porém essa miopia em relação ao seu papel mais ‘recreativo’ do que pensante está afastando muitos bons profissionais. Pessoas capazes de contribuir exatamente com o que o cliente mais espera das agências hoje: precisão estratégica nas ações de comunicação.

E o mais injusto é que nem a parte da recreação é verdadeira!
A maioria das almas mais criativas e inteligentes de atendimento morrem sufocados em pilhas de PITs e clipagens perfeitamente organizados e engavetados para nunca mais serem consultados.

Enquanto isso, a estratégia ‘Top of Mind = Top de Vendas’, ‘portanto invistam pesado em mídia e idéias muito ousadas criativamente’ cai por terra. E com isso a hegemonia de criativos em reuniões com clientes.

Com o já desbotado de tão citado ‘aumento da competitividade’ e conseqüente busca desenfreada por redução de custos nos clientes, surgiram as auditorias avaliando o retorno de todos seus investimentos, inclusive de comunicação. Surge então uma preocupação de “garantia de resultados” das campanhas que a criação não estava preparada para responder. Bom, então seria esse o momento de resgatar o papel estratégico do atendimento, certo?

Errado. Nunca se contratou tantos profissionais de planejamento como nesse momento! (O que é bastante pitoresco considerando que todas as agências sempre tiveram departamentos de planejamento by the way...)

E mais irônico ainda é saber que: um, uma quantidade incrível desses profissionais veio do atendimento; e dois, o planejamento foi criado para conectar cliente e, especialmente, criação com o consumidor. Planejadores deveriam, por origem, entender tudo de gente e de comportamento de consumo e não de business.

Mas, no fim do túnel sempre existe uma luz. A maioria das agências continua com muito mais profissionais de atendimento do que de planejamento. (Seria esse um sinal de sua relevância?) Além disso, planejadores continuam trabalhando com pesquisa e buscando insights dos consumidores para a criação. Ou seja, ocupados demais e, muitas vezes sem vontade ou formação para falar de negócios com os clientes.

Atendimentos: é agora ou nunca! Levantai-vos! Uni-vos! Parai de roubar a Caras da mídia nas 6as feiras e passai a roubar a Exame, a Gazeta e o Valor!

Tornai-vos relevantes no processo!

De nossa parte, apoiamos o movimento de ressignificação do departamento sugerindo uma mudança de nome. Gestão de Conta parece muito mais adequado a um profissional que deveria pautar seu dia garantindo a melhoria continua de resultados da conta. Atender as necessidades do cliente é o produto do trabalho de todos departamentos. Porém só um departamento pode enxergar e administrar todas as ações direcionando elas para a melhoria efetiva de performance do cliente.

Aliás, o planejamento pode e deve decifrar quais são as demandas do consumidor. Mas, somente o atendimento tem o convívio necessário com o universo do cliente para decupar quais são os resultados mais importantes de cada ação.

Além disso, acho que fica bem melhor na foto falar para os avós que a pessoa é Gestor de Conta do que Atendimento. Termina aquele problema chato pra caramba da família inteira achar que ela não deu certo e tá fazendo bico de garçom. Isso sim é importante para glamourizar o profissional.

É isso que a gente acredita na Perestroika. E é assim que pretendemos formar uma primeira geração de gestores de conta. Ou, se preferir, atendimentos Padrão Iogurte.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A viagem.

Estive nos Estados Unidos por 4 dias nesta lua de mel. Estava totalmente desligado de tudo, nada interessado nas vitrines, nas tendências e na propaganda. Mas o assunto nos jornais e revistas giravam em torno do filme Sex And The City. Até quem não queria parcebia.

Estava em NY durante a filmagem e fiz essas fotos.




Mas a questão que se discutia, além do filme em si, era o fato da grande estréia não ter sido na cidade-chave da série e sim em Londres. Confesso que também achei bem estranho. O vínculo de SATC com Nova York é total. E dentro daquela história que sempre falamos de encontrar uma verdade, nada mais verdadeiro do que fazer a premiere do filme lá. Até porque NY não é uma cidadezinha qualquer. Comportaria e daria todo prestígio necessário para o sucesso do filme.

Mas também não tô nem aí. Tava com a cabeça feita. Viajar é preciso e descansar ainda mais. Então meu foco mesmo era minha mulher e este paraíso abaixo. E tem gente que ainda acha que o trabalho dignifica o homem. É a praia que faz isso.




St. Barth é uma ilha francesa no Caribe. Se fala francês, a moeda é o Euro e não tem NADA A VER com América Latina e o Hugo Chavez. 8.000 pessoas vivem nesta ilha, que tem 9 km de ponta a ponta, como se estivessem na Europa. Restaurantes bárbaros, grandes grifes francesas, como Louis Vuitton e Dior, calor o ano inteiro, criminalidade zero, probreza zero. Vida mansa mesmo. Uma ótima dica pra quem tem cidadania européia e quer passar um tempo curtindo a vida. Sempre há vagas de trabalho em torno do turismo. É só chegar. Não é uma boa idéia?

terça-feira, 3 de junho de 2008

PHOTOSHOP PADRÃO PERESTROIKA

Estão abertas as inscrições para a Turma II de Photoshop da Perestroika.

Alguns podem pensar que é loucura nossa lançar um curso de Photoshop num mercado onde existem tantos concorrentes. Mas não é.

E não é porque, diferente da maioria, o curso de Photoshop da Perestroika não será ministrado por um técnico. Mas sim, por um diretor de arte do mercado.

Essa segunda turma ficará sob a tutela do Rafael Mello, diretor de Arte da DCS. Ele é formado pela UFSM com passagem também pela Escola de Criação ESPM. Já está na agência há 2 anos e meio trabalhando com grandes clientes como Tramontina, Claro, Olympikus, Banrisul, Vonpar entre outros. O acabamento do cara é realmente espetacular.

Como você já deve ter se dado conta, essa decisão faz toda diferença na hora do aprendizado. Um diretor de arte pode conhecer as ferramentas do programa tão bem quanto um técnico. Mas o seu olho publicitário consegue saber como cada ferramenta melhor se aplica no dia-a-dia.

Informações:

Carga horária: total de 12 horas/aula.
Início: 19 de junho.
Horário: Quinta, das 20h às 23h.
Encontros: total de 4 encontros
Valor: Matrícula de R$ 200 + 3x R$ 263.
Vagas: 8.

Quem tiver interesse ou dúvidas, enviar e-mail para PHOTOSHOP@CURSOPERESTROIKA.COM.BR
E é melhor ser rápido. As vagas da primeira turma acabaram em 2 dias.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Eu sou gremista. Olympikus é Flamengo.

Foi anunciando no último sábado o maior contrato da história do esporte brasileiro. A Olympikus agora está no futebol. É a nova marca esportiva do Flamengo.

Quem já viu o case lembra que do que eu dizia? De que se não fosse pra entrar por cima, era melhor não estar no futebol. Pois agora sim.

Tive a oportunidade de acompanhar e participar de perto da negociação. Imaginem os ingredientes: Futebol + Brasil + Maior torcida DO MUNDO + Contrato com a Nike + Outras GRANDES marcas, inclusive uma alemã, na disputa.

A galera do módulo 2 tem uma aula que se chama Marketing Esportivo. Tem assunto quentinho saindo do forno.